quinta-feira, 29 de maio de 2008

ASPECTOS BIOPSICOSSOCIAIS SOBRE ENVELHECIMENTO
Envelhecer pressupõe alterações físicas, psicológicas e sociais do ser humano. São mudanças naturais decorrentes do próprio processo de vida que têm como ciclo: nascimento, crescimento, amadurecimento, envelhecimento e morte. É importante lembrar que estas transformações são gerais, porém têm suas peculiaridades em concordância com características genéticas e com o estilo de vida de cada um. Na velhice as pessoas adoecem mais, mais rapidamente e, quando adoecem, demoram mais tempo para se recuperar.
Torna-se evidente que o passar do tempo gera uma série de mudanças biológicas, com limitações e reduções da capacidade funcional quando relacionadas às outras etapas da vida. O corpo humano não mais responde a situações diversas como antes, no início do ciclo vital, com suas células em constante processo de formação. É importante ressaltar que as mudanças físicas não são suficientes, na maioria das vezes, para impedir uma vida satisfatória.
Para Zimerman (2000), o segredo do bem-viver é aprender a conviver com suas limitações. É entender, aceitar e lutar para que esses problemas sejam diminuídos com exercícios físicos, como caminhada, natação, dança e passeios, exercícios de memória, boa alimentação, bons hábitos, participação em grupos e outros cuidados, dependendo do tipo de problema.
Com os avanços médicos e farmacológicos torna-se mais possível acreditar em um envelhecimento isento de doenças consideradas graves, como as doenças depressoras do sistema nervoso e que condicionem a autonomia dos sujeitos em idade avançada.
Além das alterações no corpo o envelhecimento traz uma série de mudanças psicológicas como: dificuldades para interagir com a sociedade; hostilidade diante as adaptações a novos papeis; alterações psíquicas; auto-estima prejudicada; sentimentos de inutilidade; depressão, somatização, paranóia e suicídio; entre outras. A experiência mostra que o envelhecimento não ocorre de modo semelhante em todas as pessoas, por possuírem singularidades próprias.
No contexto social tornam-se evidentes de modo intenso as alterações de papeis e funções dos grupos etários. Segundo Caldas, 1998 do ponto de vista social, a velhice é caracterizada por uma progressiva redefinição de identidade e do papel de cidadão, que pode ser marcada por impactos negativos ocasionados pela má qualidade de vida.

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